
Maria João Luís: “Cantei o 'Bairro Negro' do Zeca Afonso, ainda na primária. A professora tirou-me o microfone da mão. Quando cheguei a casa disse aos meus pais: 'Estou a chorar porque não me deixaram cantar.' Os meus pais ficaram em pânico, durante 15 dias não se podia ouvir passos na escada, ficavam em pânico. Esta era a realidade antes do 25 de Abril”
Maria João Luís nasceu a 30 de dezembro de 1963 em Lisboa, mas foi em Alhandra e Vila Franca de Xira que cresceu. Quis ser agricultora e aprendeu a cavar, plantar batatas e até teve uma horta. Antes de pisar um palco, ainda Portugal vivia a efervescência do pós 25 de Abril, começou por ler poesia na rua. A adolescência trouxe-lhe uma rebeldia que a levou a fugir de casa para Madrid, à boleia, e mais tarde para a Alemanha com amigos que conheceu numas férias de verão. Hoje tem os pés mais assentes na terra e é esse o nome do teatro que criou com o marido em Ponte de Sor. Tem-se desdobrado nos papeis de encenadora e atriz no cinema e televisão, mas diz que é o palco que a faz sentir-se viva. Maria João Luís é a convidada do novo episódio do Geração 60.
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