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Exú, o mensageiro entre dois mundos. É o responsável por toda e qualquer relação humana entre si, e também com seu sagrado. É o dono de um caráter subversivo, do qual castiga e fadiga o temperamento conservador cristão de uma sociedade não acostumada com a filosofia africana. Exú é, com certeza, um dos maiores poetas contemporâneos que andou entre nós.
As vezes acusado de diversos apontamentos chulos que põe sua idoneidade a prova, Exú mostra sua perseverança ao assumir o título de Bàbá Niwa (pai do caráter) e por ser - ao lado de Ogum - responsável na cabaça da existência por cobrar e repudiar o mentiroso. É ainda, nesse contexto, que Exú tem uma sabença da filosofia Yorubá de Ifá, relacionada a si:
"Olotó ni òtá aiyé"
— Aquele que diz a verdade é inimigo dos seres.
Sendo Exú, então, a própria verdade. E, por isso, por ser a verdade que tentam esconder e a voz das ruas que tentam calar, Exú é demonizado. Demonizam e ultrajam a imagem de Exú exatamente por ele ser e revelar a verdade sobre os mesmos. Laroyê! Mojubá!
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