EP 02 - Ogum | part. Luiz Antonio Simas
Eje! (Sangue)
É assim que, com uma palavra, se descreve o tema do podcast em questão. Ogum, o ferro que pulsa no sangue de todos os seres habitantes dessa terra, orixá patrono dos presentes no podcast, é a quem se é dedicado as mais belas homenagens.
Ògún pèlé ô! Ogum, eu te saúdo. Como diz um de seus orikis, Ogum é o mistério do espírito do ferro. Antes de ser a guerra, Ogum é a criação. E, nesses quase cinquenta minutos de proza, decorremos e falamos um pouco sobre a personalidade criacionista e apaziguadora de Ogum, por vezes muito esquecida.
Convido vocês a conhecerem o outro lado de Ogum. O lado do sangue provedor, e não do sangue derramado após episódios de fúria. Claro, sem desvincular, também, a sua fúria que ficou marcada em seus Itans por séculos, e, por que não, milênios?
Enquanto Exú, Ododuwa e Obatalá são a tríade da criação Yorubá, Ogum age como o quarto pilar vigente, o responsável para que os criadores pudessem chegar ao seu destino.
Se não fosse por Ogum para abrir os caminhos, os orixás não viriam ao Aiyê dar vida e criar os seres habitantes daqui. Se não fosse pelo facão de Ogum que corta o mato e cria o caminho ao progresso, o homem não teria sua cabeça moldada e nem seu emi soprado pela boca de Obatalá.
Ogum, por mais que tenha um arquétipo aguerrido e jovial, é tão antigo quanto qualquer outro irunmolé. Por isso, recebe o título de Osinmolé líder dos orixás, pois se tornou, entre eles, o princípio da criação.
Ògún Yè! (Ogum vive)
Mó yè! (Eu vivo)
Enquanto Ogum for vivo, nós viveremos.