O que elas pensam? podcast

O que elas pensam #114 - O (cis)tema que adoece: direitos reprodutivos, saúde mental e conservadorismo

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28 de maio é considerado o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e Dia Nacional da Redução da Mortalidade Materna. Face à data, recebemos a médica de Família e Comunidade, Débora Anhaia de Campos para uma conversa sobre as disputas envolvendo o acesso aos direitos sexuais e reprodutivos no Brasil, serviços que, como sabemos ao longo do episódio, são ainda mais negligenciados para mulheres negras, vítimas mais recorrentes de internações e mortes por aborto no país, por exemplo.

Ainda, falamos sobre a resistência à educação sexual nas escolas, afinal, a quais grupos interessa que crianças e adolescentes não reconheçam que seus corpos estão sendo violados? Também discutimos a importância de os meios de comunicação pautarem as violências de gênero de maneira a não reproduzir estereótipos, de saúde mental e a potencialidade de criarmos redes para nos mantermos seguras e vivas.

Na luta contra misoginia, racismo, colonialismo que todos os dias arranca muitas de nós – visto que o Brasil é o 5º país que mais mata mulheres no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde – precisamos estar de pé, mas quem cuida de quem passa grande parte do tempo cuidando? Como alertou Conceição Evaristo: “Combinaram de nos matar. Mas nós combinamos de não morrer” e neste processo de não tombar, a escuta é preponderante. Por isso, lhe convidamos para conhecer, além de nossas memórias, também as compartilhadas por nossa entrevistada Débora e de tantas outras mulheres que lhe atravessam ao prestar atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). 

Canais de denúncia

Para emergências, a vítima ou qualquer pessoa que presencie a agressão, deve acionar a Polícia imediatamente, ligando para 190.

Caso esteja vivenciando um relacionamento abusivo ou saiba de uma situação violenta, ligue 180 para registrar uma denúncia que pode ser anônima. O serviço também possui canal via WhatsApp através do número (61) 9610-0180. O atendimento está disponível para todo o Brasil, 24 horas por dia, durante os sete dias da semana, inclusive feriados.

Você também pode registrar boletim de ocorrência em uma Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM), especializada para esse tipo de situação. Clicando aqui, você encontra o Mapa das Delegacias da Mulher, realizado pela AzMina.

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