Humor à Primeira Vista podcast

Marco Mendonça: “O humor é a linguagem que intuitivamente me apetece usar para falar sobre trauma e sofrimento. Pode ser uma grande ferramenta terapêutica”

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“A força da sua identidade criativa e a qualidade do seu percurso enquanto intérprete deixam antever uma carreira de enorme fôlego e relevância”. São palavras da administração do Teatro Nacional D. Maria II, que há poucas semanas atribuiu ao ator Marco Mendonça o Prémio Revelação deste ano. O também encenador, nascido em Moçambique, estreou em junho de 2025 a sea segunda peça de teatro: “Reparations, Baby”, um novo concurso de televisão, assumidamente woke, que quer ser uma resposta simplista para as reparações históricas. Em 2023, entre sketches, stand-up comedy e música mostrou-nos “Blackface”. Esta primeira criação partiu de experiências pessoais e da história do blackface como prática teatral racista. Foi nomeada para um Globo de Ouro e eleita Melhor Peça de Teatro pelo jornal Público. O ator também pertence ao elenco do êxito “Catarina e a Beleza de Matar Fascistas”, do encenador Tiago Rodrigues. No Humor À Primeira Vista, com Gustavo Carvalho, reconhece que tentou uma espécie de “justiça humorística” com o espetáculo “Blackface”, sem querer “simplesmente apontar os dedos à comunidade branca”, explica que o humor é a linguagem a que recorre “intuitivamente para falar sobre trauma” e reforça a importância de uma discussão sobre reparações históricas, já que “as cicatrizes do colonialismo ainda são vividas diariamente por pessoas negras.”

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