Impacto e benefícios do upcycling | Helena Antónia, fundadora e CEO da Vintage for a Cause

Sofia Fonseca é consultora de imagem e ajuda as pessoas a tirarem partido da sua imagem através de escolhas mais conscientes e de um armário mais funcional. Neste episódio ficamos a conhecer o poder da consultoria de imagem no consumo de moda responsável, percebemos o que é e como podemos criar um armário funcional e, também, de que forma é que a organização do armário é importante em todo este processo. 

Neste episódio, Helena Antónia, fundadora e CEO da Vintage For a Cause, conta os detalhes deste projeto de economia circular com o propósito de inclusão social e empoderamento feminino das mulheres acima dos 50 anos e fora da vida ativa. Além desta vertente social, a Vintage For a Cause pretende também reduzir o desperdício têxtil, e desde 2013, já evitou quase duas toneladas. Desvendo algumas particularidades da primeira coleção permanente da marca, que foi recentemente lançada, Helena Antónia fala ainda do impacto e dos benefícios do upcycling (que, além de ambientais, são também económicos) e da importância de criar parceiras entre os stakeholders para conseguir, realmente, uma economia circular.

Formada em design de moda e com um percurso de duas décadas no setor da moda, Vanessa Alves sempre teve um armário repleto de roupa e acessórios. Muitas das peças não usa regularmente, mas guarda porque aprecia como peças de design. Depois de verificar que as suas amigas recorriam, muitas vezes, ao seu armário para variar o seu estilo e estrear roupa nova, decidiu começar a alugar a sua roupa, mas num outro nível, através de um grande armário partilhado por vários membros. Assim nasceu a Ours: uma plataforma de aluguer de roupa, onde os membros podem alugar roupa e acessórios de outros membros, bem como alugar as suas próprias peças. Neste episódio, a Vanessa Alves conta-nos tudo sobre este projeto, e falamos também sobre o mercado de aluguer de moda.

O décimo episódio do “Círculo da Moda” encerra a primeira temporada do podcast e tem como objetivo encorajar-vos a começar um estilo de vida mais sustentável, com o foco no armário. São três dicas para aplicar já: comprar menos, escolher melhor e fazer com que dure. Até voltarmos a encontrar-nos aproveitem para ler, ver e ouvir todas as sugestões que fui fazendo ao longo dos episódios e juntem-se a mim no desafio de não comprar roupa até ao final de setembro. Explorem alternativas como trocar com amigos, pedir emprestado ou “assaltar” os roupeiros dos pais e avós e usem tudo aquilo que já têm.

O que é que vocês pensam quando se fala em tecnologia aplicada à indústria da moda? Eu penso na moda como um setor melhor, mais sustentável, mais responsável e mais consciente. No fundo, capaz de responder às necessidades do presente, mas também de prevenir possíveis catástrofes. O episódio de hoje junta precisamente moda e tecnologia e tem como protagonista o trabalho de alguns inovadores que estão a mudar as nossas roupas. Desde tecidos criados em laboratórios, a camisas que não se mancham ou amarrotam, passando ainda por algoritmos que configuram o tamanho ideal para cada consumidor, este episódio é uma autêntica viagem por algumas daquelas que se apresentam como soluções para um planeta com recursos limitados. 

O episódio desta semana é dedicado ao design, que é onde tudo começa e que, por isso mesmo, tem o poder de transformar o sistema da moda. Desenhar para a circularidade (ou o design circular) não é mais do que desenhar com intenção, criando uma economia verdadeiramente circular. Durante o processo deve refletir-se sobre os materiais e processos usados, mas também em como será usado o produto e na possibilidade de ser reparado, por exemplo. Estas questões levam-nos a conversar sobre a questão da obsolescência (programada e percebida), bem como sobre cinco critérios a ter em conta para adquirir desenhos mais sustentáveis. 

Em Portugal, vão para o lixo cerca de 200 mil toneladas de têxteis por ano. Segundo a Greenpeace, cada pessoa compra mais 60% do que comprava há 10 anos. Tão depressa compramos como abandonamos e estamos cada vez mais afastados da cultura de reparar, consertar e restaurar. É urgente trazer de volta essa arte, já que as peças mais sustentáveis são aquelas que temos no nosso armário e a melhor decisão que podemos tomar é fazê-las durar. Reparar é adicionar uma nova camada de história à roupa, é criar um vínculo emocional com ela e ter orgulho em contribuir para aumentar a sua vida útil. 

"Na vida há uma regra de ouro: se não é preciso limpar, não limpes”. A frase é da estilista Stella McCartney e serviu de inspiração a este episódio. Reduzir a lavagem de roupa na máquina é uma forma de aumentar a vida útil das peças de roupa e, ao mesmo tempo, diminui o consumo de água e energia, bem como a propagação de microfibras nos oceanos. Hoje falamos de como cuidar da nossa roupa para que dure o máximo tempo possível e em bom estado. 

Neste episódio espero inspirar-vos a reutilizar roupas usadas de uma forma criativa, através da valorização da matéria-prima e optando pela transformação como método preventivo do desperdício. Trago-vos cinco ideias de transformação capazes de dar uma nova vida às peças esquecidas no armário que merecem uma segunda oportunidade. Transformar, reinventar e voltar a usar o que já temos é sempre a escolha mais sustentável. 

No quarto episódio do "Círculo da Moda", trago quatro alternativas à moda convencional. Nenhuma delas consiste em comprar peças de roupa novas. Aliás, apenas uma consiste em comprar, porque as outras fazem o verbo possuir desaparecer e dão lugar ao verbo utilizar. Em comum têm a ideia de um armário partilhado, em que a roupa é rentabilizada ao máximo. Falamos de comprar em segunda mão, trocar, alugar e subscrever.