Os conselhos editoriais do The Washington Post e Los Angeles Times estavam preparados para apoiar a candidata democrata à Casa Branca. Mas a duas semanas das presidenciais nos EUA, os proprietários dos dois jornais consideraram preferível optar pela neutralidade e não tomar posição a favor de nenhum dos candidatos.
O facto de não o fazerem contraria a tradição e levanta outras questões.
Será que Jeff Bezos, o homem da Amazon, proprietário do The Washington Post, e Patrick Soon-Shiong, um multimilionário nascido na África do Sul e dono do Los Angeles Times, temem represálias caso Donald Trump seja eleito?
A decisão de Jezz Bezos teve um custo imediato. Mais de 200 mil pessoas suspenderam as assinaturas do jornal entre o fim-de-semana e a tarde de segunda-feira e vários colunistas e jornalistas demitiram-se.
O apoio dos media a um dos candidatos é uma prática normal nos EUA. O New York Post, um jornal tablóide ultraconservador, propriedade do magnata Rupert Murdoch, pediu aos leitores para votarem em Donald Trump, e o conselho editorial do The New York Times deu o seu apoio a Kamala Harris.
No episódio de hoje, Daniela Melo, cientista política da Universidade de Boston, ajuda-nos a perceber o que está em causa.
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