
“Atrás da Catedral de Ruão” é um conto icônico de Mário de Andrade (1893-1945) que apresenta a professora de francês, virginal, Mademoseille Lisette, dama-de-companhia de Lúcia e Alba, filhas adolescentes de dona Lúcia. "Nos seus quarenta e três anos de idade, Mademoiselle estava tomada por um vendaval de mal de sexo” e entre essa condição e o ensino de francês, "era ela a concluir em malícia as frases inventadas pelas alunas”. O texto é muito divertido por explorar a linguagem e a sexualidade, com humor e trabalhando com um perfil da época, quando as mulheres na faixa dos quarenta eram consideradas “velhotas”. Com tantas fantasias reprimidas, Mademoseille devaneia com o namoro atrás da igreja. Por isso, "Não vê igreja solta, que não lhe brote a fatalidade de passar por detrás. A desilusão não a desilude nunca”. Pois que "o mal de sexo já está grande por demais, e Mademoiselle precisa duma experiência maior pra alcançar a verdade”. Boa parte do conto se passa na cabeça de Mademoiselle, imaginando liberdades que homens poderiam querer tomar com ela, ou ainda, ser perseguida ao andar pela rua, como no desfecho da história. Os primeiros esboços de “Atrás da Catedral de Ruão” datam de 1927, mas a versão definitiva é de julho de 1944. Quanto ao francês generosamente utilizado, possivelmente pudera ser bem lido pelos brasileiros, pois, à época, era ensinado na escola. Boa leitura!
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