João Correia é um biólogo marinho, especialista em tubarões e raias, interesse improvável para um miúdo do Cartaxo. Para além de investigador e professor no ensino superior, ele é um empresário com actividade em vários sectores, alguns relacionados com a ciência e animais marinhos, outros nem por isso.
O seu primeiro negócio foi uma sex shop online, fundada nos anos de 1990, a que deu o nome de Alalunga, que é um tipo de atum com um nome sexy, que soa a lingerie.
A sua empresa mais emblemática é, no entanto, a Flying Sharks, que fundou em 2006, e com a qual transporta organismos marinhos para o mundo inteiro. Em 2010 fez o maior transporte aéreo de peixes vivos no mundo: 3200 animais movidos em 44 tanques transportados em dois A300 de Lisboa para Istambul. Nesse transporte foram perdidos apenas três peixes.
Para além disso é baterista, o que contribui para explicar o título da sua trilogia de livros intitulada Sex, Sharks and Rock & Roll, escritos em inglês e saídos na Editora Chiado. Em português, é autor de Tubarões Voadores, saído em 2019 na Bertrand, livro que chegou ao cimo do top “não ficção” da FNAC, onde figura na categoria de “auto-ajuda”.
Nesta conversa também lhe pedimos ajuda para responder à pergunta de um milhão de dólares: como em Portugal podemos aprofundar as relações entre a ciência e as empresas?
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