436. Partido Comunista define planos para a China; veja quais são!

A menos de um mês para as eleições americanas, o mundo acompanha com atenção a reta final da disputa à Casa Branca, que acontece em 5 de novembro. Um dos temas no radar do agro é a possibilidade de uma nova guerra comercial com a China, já que o setor agrícola brasileiro se beneficiou do conflito entre americanos e chineses no passado. A Eurasia Group revela que Trump já sinalizou um aumento de tarifas sobre o país asiático de 60% e uma tarifa linear sobre todos os produtos que entrarem na economia americana. Já Kamala Harris deverá seguir uma linha mais tênue, com taxações mais pontuais. Porém, a empresa revela que os efeitos dessa possível nova guerra comercial com a China poderá ser diferente da registrada em 2018. Entenda!

Nesta semana, diversas regiões do Sudeste e Centro-Oeste receberam chuvas, marcando a consolidação do período úmido no Brasil. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicam precipitações de mais de 100 milímetros de 7 a 14 de outubro em áreas de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. A Nottus Meteorologia revela que as chuvas devem continuar, mas faz um alerta para 'bolsões' de seca e de muita umidade nos próximos meses. Confira!

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou na última semana que o compromisso do Brasil para reduzir as emissões de gases do efeito estufa será ambicioso. Em evento, ela também disse que será obrigatório que todos os setores da economia tenham metas de redução de gases, inclusive a agricultura. O tema acende um alerta no agro, já que a criação de metas setoriais abre caminho para eventuais punições e taxações. Na Europa, por exemplo, o principal cientista climático do bloco disse que não será possível atingir as metas climáticas se não forçar o setor agrícola a pagar pelas emissões de gases. Essa moda vai pegar aqui também? Entenda!

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) decide no próximo dia 17 se a tarifa de importação do fertilizante nitrato de amônio será elevada de 0% para 15%. O pleito foi feito pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), que argumenta que a taxa vai garantir competitividade à indústria brasileira. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) alerta que se aprovada a medida, o aumento pode ser refletido em toda a cadeia agro e não descarta efeitos nos preços dos alimentos. Confira!

O presidente Lula sancionou nesta semana uma lei que aumenta a mistura de biocombustíveis aos combustíveis fósseis. Na gasolina, a adição de etanol, que hoje está em 27%, poderá chegar a 35%. Já a mistura de biodiesel ao diesel, que atualmente está em 14%, poderá atingir 20% em 2030. A Associação dos Produtores de Biocombustíveis (Aprobio) revela uma previsão de esmagamento de 30 milhões de toneladas de grãos por ano para atender a demanda. Já o setor de transportes está preocupado com os impactos que o aumento da mistura deverá gerar nos motores de automóveis e caminhões. Estudos indicam perda de potência e de torque, maior consumo de combustível e aglutinação de água.

Trabalhadores de mais de 30 portos dos Estados Unidos entraram em greve nesta semana diante de uma tentativa fracassada de negociar novos contratos e salários. Além do aumento na fila de navios que começaram a se acumular para embarcar e desembarcar produtos, o agro brasileiro sentiu os efeitos da paralisação de alguns dias, já que exporta principalmente carne bovina, celulose, café e suco de laranja. Já aqui no Brasil, o alerta é para o congestionamento de cargas conteinerizadas devido ao esgotamento da infraestrutura para este tipo de produto, especialmente no porto de Santos. Dados do Cecafé revelam que em agosto, quase 2 milhões de sacas deixaram de ser embarcadas.

Um dos destaques do agronegócio na semana foi a projeção do então diretor de gestão de risco agropecuário do Ministério da Agricultura, Jonatas Pulquerio, indicando que o setor passa por uma crise. Em reportagem concedida ao jornal Money Times, ele também citou a possibilidade de novos pedidos de recuperação judicial dentro do setor acontecerem ainda em 2024. O conteúdo foi bastante compartilhado no setor agro e, dois dias depois, o site anunciou a exoneração de Pulquerio do Ministério da Agricultura. Afinal, o agro está ou não em crise? Confira!

A recente recuperação judicial de uma importante empresa varejista de insumos agrícolas acendeu um alerta no agro sobre a saúde financeira das empresas do setor. Os impactos do clima na produção agrícola somados à queda dos preços de algumas commodities e redução das margens dos produtores rurais deixaram o cenário dentro e fora da porteira mais desafiador. O Serasa Experian revela que o número de recuperações judiciais de empresas relacionadas ao agro atingiu recorde no primeiro trimestre do ano. Apesar disso, a situação não é generalizada. Entenda!

O aumento das tensões entre Israel e Irã segue no radar do agro brasileiro pelo potencial impacto que uma escalada do conflito pode ter nos preços dos combustíveis. Dados compilados pelo Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás revelam que dos 10 principais países produtores de petróleo, 5 deles estão localizados no Oriente Médio. A Raion Consultoria revela que apesar do envolvimento direto do Irã na guerra, a cotação do petróleo no mercado internacional segue abaixo dos valores médios registrados neste ano. Para a empresa, isso ocorre porque há uma leitura do mercado de que outros países da região não devem se envolver no conflito. Além disso, a demanda da China pelo produto está menor por conta de problemas econômicos no país asiático. Confira a projeção para os preços da gasolina e diesel!

Uma retaliação de Israel ao Irã poderia ser catastrófica para o transporte marítimo. Essa é a avaliação do professor de relações internacionais Samuel Feldberg. Ele revela a possibilidade de interrupção do tráfego no Golfo Pérsico e efeitos em petróleo, a depender de como Israel vai agir a partir de agora. Nesta semana, a tensão no Oriente Médio disparou depois que o Irã decidiu atacar Israel. O envolvimento direto do país na guerra ocorre após diversos bombardeios israelenses ao grupo extremista Hezbollah no sul do Líbano. Para o agro, o tema importa já que o Brasil envia principalmente milho, carne bovina e de frango para a região e importa fertilizantes. Confira!