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Uma tragédia não se discute. Certo. Mas se não se importam vamos ter de debater a resposta política à calamidade. O primeiro-ministro, fazendo voz grossa, acusou os “interesses que sobrevoam” aquilo que aconteceu nesta semana que pôs o país de luto. Importa-se de esclarecer a que interesse se refere? A ministra da administração interna, em parte incerta durante quatro dias, regressou com os fogos a entrarem na fase de rescaldo para ler uma longa “fita do tempo” e para elogiar o nosso “rico povo”; o que terá sido pior: a emenda ou o soneto? Mas nesta “roda em que apodrecemos” (O’Neill) há outras questões que reaparecem a cada momento: voltou o caso judicial na Madeira, voltou a controvérsia em torno dos abusos sexuais na Igreja, voltou a ameaça da queda do Governo e da dissolução do Parlamento. Ó Portugal, se fosses só três sílabas de plástico, que era mais barato!

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